A CELEBRAÇÃO DO 50.º ANIVERSÁRIO DO DIA DA LIBERDADE FOI PAUTADA POR MÚSICA, CRAVOS E MUITA ALEGRIA NA PRAÇA DE CAMPOLIDE. FOI MAIS UMA EDIÇÃO DO EVENTO 25 DE ABRIL SEMPRE!, DESTA VEZ PARA COMEMORAR MEIO SÉCULO DE LIBERDADE.
No dia 25 de abril, de modo a celebrar os 50 anos de Liberdade em Portugal, o Departamento de Cultura da Junta de Freguesia de Campolide organizou um concerto comemorativo especial na Praça de Campolide, com entrada livre. Foi um evento imperdível e memorável, que contou com a atuação da talentosa Ana Bacalhau, que contagiou todos os presentes.
Em ambiente descontraído e festivo, inúmeras famílias e amigos vibraram com a energia maravilhosa desta artista que é tão respeitada no panorama nacional. A praça albergou uma verdadeira multidão, que cantou, celebrou e festejou o meio século da conquista de Abril. No relvado, em pé ou nas cadeiras da plateia, várias centenas de pessoas assistiram ao evento com entusiasmo e satisfação. O Executivo da Junta de Freguesia de Campolide fez questão de distribuir cravos pela assistência e assim se celebrou a Liberdade, recordando que, há cinquenta anos, o mesmo tipo de confraternização e liberdade de expressão seriam impossíveis.
A esse respeito, o Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, Miguel Belo Marques, enfatizou como esta data é absolutamente fundamental para o Executivo. “Numa altura tão conturbada é importante que não consideremos que as conquistas que todos nós conseguimos atingir com o 25 de abril estão asseguradas.” Segundo o seu ponto de vista, é algo para o qual temos que trabalhar continuamente. “As conquistas são, por definição, projetos inacabados e, portanto, temos de continuar todos os dias a merecê-las, sabendo conquistar e reconquistar, porque senão corremos o risco de um dia olharmos à nossa volta e vermos que perdemos muitas delas.”
De igual forma, também o Vogal Bruno Louro, responsável pelo pelouro da Cultura da Junta de Freguesia de Campolide, exorta que “cada vez mais é importante passar para as novas gerações, para aqueles que são o futuro, como é que o nosso país era antes e como é agora, para eles perceberem a diferença e para não cometermos os mesmos erros no futuro.” A iniciativa de assinalar e celebrar os cinquenta anos da revolução de abril afigurou-se, desta forma, inteiramente essencial. Segundo Miguel Belo Marques, esta data é, provavelmente, “a mais bela do nosso passado coletivo e da nossa história contemporânea”. Para o Executivo, desde o primeiro ano do mandato que foi sempre ponto de honra comemorar esta data tão importante e festejar de uma forma que, a seu ver, é bastante simbólica, com cultura e música. “Apostámos sempre forte e este ano temos a Ana Bacalhau, que é um nome muito relevante da nossa cultura, com músicas de intervenção e com uma mensagem muito possante, também do ponto de vista do cuidado social.”
De cravos ao peito, o júbilo era evidente em todos os rostos dos espectadores. Numa atuação que combinou canções suas com outras que fizeram o 25 de abril, Ana Bacalhau brindou ainda os presentes com um single recém-lançado, sobre a conquista de direitos pelas mulheres portuguesas após a revolução, e onde agradece às mesmas por terem proporcionado às novas gerações uma vida melhor. No final do evento, a artista mostrou-se muito feliz, confessando que estava ansiosa para fazer esta atuação. “Foi um concerto especial, pensado para celebrar os cinquenta anos do 25 de abril.”
Entre os muitos pares de mãos no ar, para além de quem assistia da janela ou da varanda, houve até quem dançasse e, mais ainda, quem acompanhasse as músicas com as letras na ponta da língua. Ana Bacalhau confirma-nos o mesmo, partilhando que “estava uma energia maravilhosa no ar” e que foi muito feliz no palco da Praça de Campolide. “E muito feliz também porque tantas vezes passei por aqui, no 758, e nunca imaginei que ia estar aqui num palco a cantar a Liberdade. Foi espetacular.”
Foi, de facto, uma maravilhosa celebração, com música e alegria, assinalando esta data tão significativa na história do nosso país. São cinquenta anos da fundação da democracia portuguesa, de meio século de direitos conquistados, que importam conhecer, historicamente, para compreender o presente e construir o futuro.
Viva Abril! Viva a Liberdade!
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